eu já não sabia oque era sentir os teus lábios nos meus. já nem sequer lembrava o teu toque em mim, muito menos os teus arrepios que se faziam sentir de corpo e alma ! que saudades de ti ! diz que voltaste. diz , diz, diz , diz !
Eu pedi-te !, mas por mais que eu te pedisse tu não ouvias, ou pelo menos não ouvias com ouvidos de escutar. Não havia maneira das minhas preces se fazerem chegar a ti, sentir em ti ! Eu implorava-te!!!, mas as culpas caídas de tantos delitos, esbanjadas no chão de nojo, faziam-se ouvir, e de certo, ouviam-se mais alto do que aquilo que eu te implorava ! Eu ajoelhei-me perante figuras utópicas que me faziam creer naquilo que é impossivel de acreditar; mas eu acreditava !, acreditava porque contigo tudo era possível. Corri , desesperada , envolvida em gritos de alucinações, por entre cortejos fúnebres, atravessando poças vazias de nada, poças vazias de desgosto e melancolias infindáveis. Eu corri com a esperança já gasta, mas eu tinha-te à minha espera no fim do cortejo compassado de melancolias !, tinha esse abraço meu, tinha o meu sorriso nas tuas mãos, EU TINHA-TE LÁ ! Cruzei-me com provocações ardentes que atiçavam no próprio fogo "NÃO VÁS!". Cruzei-me com vozes que me gritavam humilhações e me iam diminuindo cada vez mais , mais ... mais e mais ! Eu continuei, ainda assim, ! Tinha fé nas juras de amor eterno que me havias feito ! O meu corpo já não era corpo; era uma alma consumida , dissipada e solta por aí !, à deriva de um único objectivo ! Eu já avistava a meta , onde tu estarias. A força acordou em mim, e a fase final foi árdua e trabalhosa de torturas ! Aí, nesse momento, tudo caía sobre mim : o céu no chão, o medo sobre a última esperança, as culpas sob as minhas lágrimas e a palavra impossível atordoava-me mais do que me atormentava! Por fim, cheguei. Cheguei à meta tão desejada mas ,de ti, nem sinal ! A meta que traçaste para mim não foi aquela que eu conseguira atingir . "Não desistas, luta, e eu prometo que é eterno !" Sussurraste-me !